A FM Cultura, rádio pública dos gaúchos, completou 28 anos de existência na segunda-feira, dia 20. Para comemorar a data, os servidores da Fundação Piratini organizaram uma festa no Boteco Matita Perê, na Cidade Baixa.
O evento contou com uma seleção musical feita pelos programadores e apresentadores da rádio e a leitura de manifesto do Movimento dos Servidores da TVE e FM Cultura. O documento lembra que, há três meses, 30 deputados aprovaram de forma precipitada o projeto do governador Sartori que extingue fundações do Rio Grande do Sul.
“Trata-se de uma medida irresponsável, que vitima serviços essenciais à saúde, à pesquisa, à cultura e ao desenvolvimento econômico do Estado, e que dispensa os serviços qualificados de 1.200 servidores concursados”, ressalta a carta.
Também foi dito que desde o início do processo não houve clareza sobre o futuro da TVE e da FM Cultura, o que mudou após o novo presidente, Orestes de Andrade Júnior, assumir. Com o novo modelo implantado, a gestão pretende “transformar emissoras públicas em estatais, a serviço da Secretaria de Comunicação do governo”.
Além disso, os servidores lembraram o episódio recente de censura à série de reportagens sobre os 100 anos da Revolução Russa e lastimaram não ser um caso isolado. Em 2016, por exemplo, o jornalista Flávio Ilha foi à Fundação divulgar o lançamento do livro do colega Moisés Mendes e a pauta foi vetada. A crítica e historiadora de Arte Paula Ramos, entrevistada no programa Estação Cultural, no ano passado, teve seu áudio cortado pela diretoria anterior da emissora.
Imprensa / Sindjors