A greve geral contra as reformas da Previdência e trabalhista e a terceirização sem limites do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) uniu as centrais sindicais, parou ônibus e trens e levou mais de 30 mil trabalhadores e estudantes para as ruas de Porto Alegre. Na tarde ensolarada de sexta-feira, dia 28, os manifestantes entoaram gritos de ordem como “ô, ô, ô, ô, o Brasil parou” e “fora Temer”.
Antes da caminhada, que contou com a presença do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (SINDJORS), as centrais realizaram um ato ao lado da Prefeitura, na Avenida Borges de Medeiros, logo após a vibrante manifestação do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), que também aderiu à greve geral, a exemplo de várias categorias.
O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, destacou a importância da unidade das centrais e lembrou que “há 100 anos a classe trabalhadora se levantava e fazia a primeira greve geral por direitos trabalhistas e previdenciários. O destino nos reservou que, em 2017, ladrões de direitos que assaltaram o governo querem impor aos trabalhadores um brutal retrocesso e estão saqueando o Brasil”.
“Hoje, porém, nós paramos o Brasil para colocar as coisas em ordem”, salientou Claudir, que criticou também a cobertura tendenciosa da mídia golpista. “Com essa greve geral, tem gente chateada, como donos de meios de comunicação que escondem e manipulam, mas hoje eles tiveram que dizer que os trabalhadores estavam fazendo greve geral”, frisou.
Houve também manifestações da CTB, Força Sindical, UGT, Nova Central, CGTB, Intersindical e CSP-Conlutas. Depois, junto com movimentos sociais e da juventude, todos saíram em caminhada, que percorreu a Avenida Júlio de Castilhos, subiu o viaduto da Conceição, desceu a Rua Sarmento Leite e entrou na Avenida Perimetral, terminando no Largo Zumbi dos Palmares.
Mais do que confirmar a previsão da CUT-RS de que seria a maior greve geral da história recente do Brasil, o saldo da mobilização é que as reformas do governo golpista não estão consumadas. “Estamos no jogo e eles vão ter que nos respeitar. Se não pararem o trator das reformas, vamos dobrar o movimento”, avisou Claudir.
Ele ressaltou que a força da greve geral não se deve somente aos piquetes dos rodoviários nas garagens, que tiveram a presença solidária de várias categorias de trabalhadores. “Muita gente fez greve mesmo e paralisou contra as reformas, o que foi decisivo para o sucesso do movimento”, observou Claudir.
Ato de 1º de Maio
Trabalhadores reuniram-se ao lado do Monumento ao Expedicionário Foto: Divulgação
A resistência contra as medidas atrozes do governo continuou no 1º de maio. O Dia do Trabalhador contou com o ato unitário da CUT-RS e centrais sindicais, realizado no final da manhã dessa segunda-feira, junto ao Monumento ao Expedicionário do Parque da Redenção, em Porto Alegre. Após concentração, houve pronunciamentos de CUT, CTB, UGT, Intersindical e CSP-Conlutas, bem como do ex-governador gaúcho Olívio Dutra.
Fonte: CUT-RS