O presidente da Fundação Piratini, Orestes de Andrade Jr., está movendo um processo na Justiça contra o jornalista Alexandre Leboutte, funcionário concursado da TVE há 15 anos. Na ação, que é uma resposta a comentário feito pelo servidor na rede social Facebook, Orestes pede R$ 15 mil de ressarcimento por danos morais.
“Não tem justificativa pra isso e vou me defender na Justiça”, enfatiza Leboutte, que também foi suspenso de suas atividades por 30 dias pela comissão disciplinar da Fundação, que apurou possíveis ofensas a pedido do presidente. Outros funcionários que curtiram o comentário feito pelo jornalista, no dia 28 de março deste ano, ganharam uma advertência.
Leboutte recorreu da punição, na quarta-feira, dia 24, por considerar exagerada e pede apenas uma advertência. O resultado do recurso deve sair no decorrer da próxima semana. “Não disse que a transferência de recursos da Lei Rouanet pra associação de amigos é ilegal. Eu disse que ela poderia ser feita direto pra Fundação sem passar por terceiros e quartos”, cita o servidor, que também lembra que uma inspeção foi aberta pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) para averiguar a parceria entre a Fundação e a Associação de Amigos.
Ao Jornal Já, Orestes disse que o departamento jurídico da Fundação Piratini levantou a possibilidade de demissão por justa causa dos funcionários, mas decidiu manter a sugestão da comissão disciplinar contra o Leboutte.
“O Sindicato se solidariza com o colega Alexandre, que há meses luta de forma aguerrida contra a extinção da Fundação Piratini e ainda tem que passar por mais isso”, comenta o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (SINDJORS), Milton Simas.
Imprensa / Sindjors