Fruto da negociação salarial realizada em 2016, que fechou o acordo por dois anos, os jornalistas terão a reposição total do INPC neste mês de junho. Com data-base no dia 1º, o percentual será divulgado no decorrer do mês e deverá incidir na folha de pagamento.
“Neste ano não teremos negociação coletiva. Isso não quer dizer, contudo, que não precisamos nos mobilizar e começar uma luta por aumento real em 2018”, enfatiza o presidente do SINDJORS, Milton Simas. “Diante deste quadro de destruição dos direitos da classe trabalhadora, o Sindicato conseguiu preservar a reposição na integra do INPC para a categoria”, acrescenta.
Se for aprovado, o PL C 38/2017 prevê o fim do emprego com direitos como temos atualmente. A questão do negociado sobre o legislado é ruim para o trabalhador. Hoje é proibido negociar o que está garantido na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Com a reforma, direitos como a jornada de trabalho, horas extras e intervalo para almoço poderão ser negociados de forma individual e direta com o patrão. O trabalhador sai perdendo.
A reforma permite estabelecer, inclusive por acordo individual escrito, jornada de 12 horas diárias. Isso é o fim do pagamento da hora extra e do adicional noturno. A reforma vai enfraquecer os sindicatos, pois além de criar outras formas de negociação, retirando a representação das entidades, acaba com a contribuição sindical obrigatório e não coloca nada em seu lugar. O PL acaba também com a homologação das rescisões pelos sindicatos, ficando o trabalhador desprotegido diante do patrão.
“Aí algumas das razões para que a categoria esteja com o Sindicato nos enfrentamentos que teremos pela frente e pela retirada das reformas trabalhista e da Previdência. O INPC deve ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda na primeira quinzena de junho. Fique atento”, completa o presidente.
Imprensa / Sindjors