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Em reunião entre os sindicatos que representam os trabalhadores em empresas de comunicação no Estado e o Grupo RBS, na tarde desta quarta-feira, dia 23, Deli Matsuo, vice-presidente de Pessoas e Tecnologia, justificou as demissões dos últimos dias como sendo uma mudança de perfil pelo qual a empresa está passando. A partir deste cenário, o foco do grupo seria a utilização de novas tecnologias no cotidiano de trabalho dos seus funcionários.

 

O argumento é de que, a partir do investimento neste segmento, a empresa tem feito novas contratações em outras áreas. Em contraponto, os sindicatos esclareceram que as notícias recebidas tratam apenas das demissões, sem falar em novas contratações. Os representantes das entidades sindicais destacaram que a empresa deveria ter feito contato, comunicando as decisões que estavam para ser tomadas e que atingiriam as categorias. A empresa admitiu a falta de comunicação, uma vez que os cortes não deixariam de ser feitos.

 

O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS, Milton Simas, apresentou um número de funcionários demitidos que poderiam ocorrer até o início de agosto, a partir de informações dos colegas das redações. “Os boatos estão circulando, e a ‘rádio-corredor’ aponta que mais desligamentos virão nos próximos dias”, destaca o presidente. Por sua vez, Deli disse que não poderia confirmar a informação e ao mesmo tempo recomendou que os funcionários, caso tenham dúvida quanto ao seu futuro, procurem seus gestores.

 

Também foi solicitado, por parte dos sindicatos, que a empresa justifique aos trabalhadores o motivo da demissão, ao invés de alegar simplesmente que a razão do desligamento seja a falta de capacidade do empregado. Além do SINDJORS, participaram da reunião os representantes dos sindicatos dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão do RS, Elto Basei; dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Porto Alegre, Luciano Bernardo, e dos Empregados na Administração das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas de Porto Alegre, Volmir Sauer.

 

 

Fonte: Imprensa/SINDJORS