Os representantes das entidades patronais presentes à reunião da Campanha de Negociação Coletiva 2015, realizada na tarde desta segunda-feira, dia 3, rejeitaram a proposta apresentada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SINDJORS). Referendada em assembleia geral no sábado, dia 1º de agosto, a proposta pede aumento real de 1,5% para o piso na capital e no interior, além da reposição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) no período (considerando a data-base de 1º de junho), que é de 8,76%.
Além de negar a proposta dos trabalhadores, os sindicatos das Empresas de Rádio e Televisão (Sindirádio) e das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas (Sindijore) ofereceram, em contrapartida, aumento de 9% para os pisos e o reajuste da inflação para as demais faixas salariais. Alegando falta de lucro e crise econômica, se recusaram ainda a incluir no acordo coletivo as cláusulas que preveem a participação nos programas Empresa Cidadã (que amplia a licença-maternidade para 180 dias) e Cultura do Trabalhador (que fornece vale-cultura), ambos do governo federal.
Após avaliação em separado dos percentuais colocadas na mesa, o SINDJORS propôs que o reajuste do piso na capital seja feito com base na inflação acumulada no mês de julho, que é de 9,31%. Com isso, o valor passaria dos atuais R$1.956,00 para R$2.138. Para o interior, o indicativo é que seja mantido o mesmo valor, em reais, do reajuste praticado em Porto Alegre, passando de R$1.665,50 para R$1.847,00, o que representa um aumento de 10,8%.
A proposta agora será analisada pela patronal. No encontro, o Sindicato dos Jornalistas esteve representado pelo presidente Milton Simas, o primeiro secretário, Ludwig Larré, o assessor jurídico Antônio Carlos Porto e pelo supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Ricardo Franzoi.
Negociações no Rio Grande do Sul apresentam ganho real
De acordo com levantamento feito pelo Dieese, os acordos coletivos realizados no ano de 2015 no Rio Grande do Sul tiveram aumento real médio de 0,60%. Foram 28 negociações coletivas registradas entre janeiro e junho, cujos índices de reajuste variam da inflação acumulada no período a aumento real de 2,54%.
Fonte: Imprensa/SINDJORS
Publicada em 03/08/2015 21:55
