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Neste mês de outubro, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SINDJORS) registrou demissões em empresas de comunicação gaúchas, em muitos casos sem a previsão de preenchimento das vagas que ficaram em aberto.

 

Com a justificativa de remodelação dos telejornais RBS Notícias e Jornal do Almoço, o Grupo RBS praticou o desligamento de profissionais na capital, em Bagé, Santa Maria e Santana do Livramento, esta última cidade com o fechamento da sucursal.

 

No jornal Correio do Povo, os cortes ocorreram na terça-feira, dia 13, na redação de Porto Alegre e de correspondentes das cidades de Lajeado, Santo Ângelo, Bagé e Uruguaiana. Outro grupo relacionado à comunicação que praticou demissões nos últimos dias é a Pampa, com o corte de funcionários da área gráfica e de tratamento de imagens.

 

O SINDJORS também recebeu a confirmação da demissão do único repórter fotográfico do Jornal VS, de São Leopoldo. Além dele, um jornalista também foi desligado da empresa, agravando o quadro funcional deste veículo, que no início do ano contava com pelo menos 25 profissionais atuando na redação e hoje tem apenas 13.

 

Em contato com a direção do Grupo Sinos, responsável pela publicação, o Sindicato recebeu a informação de que um novo fotógrafo será contratado, ainda sem confirmação de prazo para isso.

 

Também se questionou o caso dos jornalistas que, por falta de motoristas à disposição, acumulam a função da reportagem com a de dirigir os automóveis até o local da pauta. O jornal possui apenas um profissional, que encerra seu expediente às 16h. Após este horário, os próprios jornalistas são responsáveis por seu deslocamento. A situação ocorre em outros veículos do Grupo Sinos, onde não há sequer motorista contratado.

 

Para o presidente do SINDJORS, Milton Simas, a situação é preocupante. “Com o argumento da crise para promover os cortes, os trabalhadores da área editorial são os primeiros atingidos. Estamos atentos aos casos de acúmulo de função que possa prejudicar o trabalho dos colegas”, destaca Simas.

 

 

Fonte: Imprensa/SINDJORS