A violência, que tem feito parte da rotina do Rio Grande do Sul nos últimos meses, vitimou uma colega jornalista durante seu expediente de trabalho essa semana em Porto Alegre. Alina Oliveira, repórter fotográfica do Correio do Povo, foi assaltada durante a cobertura da Procissão dos Motociclistas no feriado desta segunda-feira, dia 12, na Avenida Siqueira Campos.
Alina relata que um homem puxou a câmera do seu pescoço e ameaçou atirar caso ela reagisse. Ele apontou para um grupo de homens do outro lado da rua, dizendo que eram seus comparsas. A ação ocorreu por volta de 8h30 da manhã.
A jornalista explicou ao homem que o material pertencia à empresa e falou do receio em ser demitida caso a câmera fosse levada. “Tentei convencê-lo a me devolver o equipamento, uma câmera Nikon D300 e uma teleobjetiva 70-200mm: ‘Moço, não faça isso, estou trabalhando, vou perder o meu emprego’”, contou.
Sem conseguir reaver a câmera, a repórter então pediu para ao menos ficar com o cartão de memória do equipamento, o que lhe foi permitido. O assaltante também levou o celular particular de Alina. Quando ele se afastou, a jornalista buscou ajuda com pessoas próximas, mas não encontrou policiais militares nas imediações.
“Um repórter da Guaíba estava na porta do Correio do Povo e chegou a ver de longe o homem assaltante. Ele foi em direção à Borges e eu entrei na redação porque estava com muito medo dos outros três caras”, conta Alina.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SINDJORS) lamenta o fato e se solidariza com a colega. A entidade espera que as autoridades competentes assumam a responsabilidade pela insegurança e falta de policiamento e passem a adotar medidas mais eficazes no combate à violência que hoje atinge o Estado. Também esperamos que as empresas de comunicação estejam atentas e não exponham seus profissionais a situações de risco.
Fonte: Imprensa/SINDJORS
Publicada em 15/10/2015 20:07