Notícias


SINDJORS expressa preocupação com recorrentes atos de cerceamento à liberdade de imprensa

A imprensa, mais uma vez, teve sua liberdade cerceada. No domingo de eleição, dia 2, jornalistas foram impedidos de acompanhar o voto da ex-presidenta Dilma Rousseff, no Colégio Estadual Santos Dumont, zona sul de Porto Alegre.
 
Por ordem do juiz eleitoral Niwton Carpes, com o argumento de que Dilma é uma cidadã comum, a Brigada Militar barrou a entrada da imprensa, gerando tumulto no local. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (SINDJORS) repudia ações antidemocráticas como essa, que estão se naturalizando passados tantos anos do fim da ditadura militar.
 
Devemos salientar o fato de que Dilma foi presidenta do país durante mais de cinco anos e, recentemente, sofreu um processo de impeachment. Logo, seu voto na Capital chamaria a atenção de veículos de comunicação do país. Mesmo se fosse apenas uma pessoa comum, teria o direito de ser fotografada, assim como os demais cidadãos.
 
Como se isso não bastasse, a BM, que tem o governador José Ivo Sartori (PMDB) na condição de comandante em chefe, mostrou-se mais uma vez truculenta, completamente despreparada e disposta a ferir a liberdade de imprensa.
 
É inadmissível vivermos, em 2016, um quadro em que jornalistas são presos no exercício de sua função, em que profissionais sejam impedidos de fazer coberturas jornalísticas.
 
Conforme a ONG Repórteres Sem Fronteiras, o Brasil está em 104º no ranking de liberdade de imprensa no mundo. É o terceiro país mais mortífero das Américas, atrás apenas do México e de Honduras. O SINDJORS ressalta a importância de mudar esse quadro, que suscita extrema preocupação, e espera manifestação institucional que o governador sonega à sociedade também em relação à prisão do jornalista Matheus Chaparini, detido no exercício profissional.
 
Imprensa / Sindjors
Publicada em 03/10/2016 18:38


Copyright © SINDJORS. Todos os Direitos Reservados.