Em reunião de negociação da convenção coletiva de 2016, realizada na manhã desta sexta-feira, dia 21, a patronal avançou e apresentou nova proposta para o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (SINDJORS) para dois anos: 4,91% de reposição salarial em novembro; mais 2% em janeiro (sobre o salário de junho, totalizando 6,91%); e 24,55% de abono na folha de novembro, com teto de R$ 800,00, no lugar do retroativo. Além disso, o acordo garantiria a reposição total do INPC para a data base de junho de 2017.
“Chegamos ao nosso limite”, enfatizou André Jungblut, representante da patronal, ao apresentar a proposta, após mais de uma hora de reunião.
A categoria está convidada para participar e apreciar a proposta na segunda-feira, dia 24, em assembleia. O evento será no auditório da Aceg-RS (Rua dos Andradas, 1270, 13º andar), a partir das 19h30.
Encontro marcado por tensionamentos
No início da reunião, o presidente do SINDJORS, Milton Simas, avisou que a categoria não havia aceitado a primeira proposta da patronal. Em contrapartida, o presidente do SindiRádio, Ari dos Santos, falou que a patronal não concordaria com o reajuste total do INPC, previsto na contraproposta dos jornalistas.
Santos chegou a dizer que “qualquer movimento aqui é ilusório” e que “vocês têm limitações e nós também”. Entre seus argumentos estava que no Estado de Goiás, por exemplo, foi aceito um reajuste de apenas 5%. Simas contra-argumentou que lá, nos últimos anos, houve aumento real – o que não ocorreu no Rio Grande do Sul.
Além disso, o presidente do SINDJORS lembrou as inúmeras demissões que já ocorreram com o argumento de desonerar a folha de pagamento. Devido à crise, segundo Jungblut, outras tantas ainda iriam ocorrer e, “se não foram ainda, foi falta de dinheiro para demitir”.
Também estavam representando a patronal Renato Guzzo, do Correio do Povo, Virgínia Fetter, do Diário Popular, e Fernando Gusmão, do Grupo Sinos.
Além do presidente, os jornalistas estavam representados pela vice-presidenta do SINDJORS, Laura Santos Rocha, pelo assessor jurídico Antônio Carlos Porto e pelo assessor econômico do Dieese, Ricardo Franzoi.
Imprensa / Sindjors
Publicada em 21/10/2016 18:15