A Campanha Em Defesa do Trabalho, dos Direitos e do Patrimônio Público realizou, na tarde de quinta-feira, dia 19, a Plenária dos Atingidos pelo Sartori, no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre. O evento, com contou com a participação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (SINDJORS), fez críticas à política neoliberal implementada pelos governos do Estado e federal.
“Nas relações de forte e fraco, é a liberdade que escraviza e a lei que liberta”, enfatizou o secretário-geral da Associação dos Magistrados do Trabalho da 4ª região (AMATRA4), Tiago Mallmann Sulzbach. Segundo ele, o próprio Judiciário Trabalhista está em risco. Tirar direitos trabalhistas não é a solução, mesmo em épocas de crise. Foram citados países como a Espanha, que fizeram isso no passado e mergulharam em recessão profunda.
“O que estão construindo com essas medidas, no Estado e no país, é uma bomba social”, disse Bernadete Menezes, da Intersindical e Auditoria Cidadã da Dívida. “É necessária a união da classe trabalhadora. Temos que construir uma Frente social onde bateu em um bateu em todos”, afirmou ela, após citar o caso de Guilherme Boulos, líder do MTST que foi preso em São Paulo enquanto prestava solidariedade a 700 famílias que foram despejadas pela Polícia Militar de uma área ocupada.
O presidente do SindsepeRS e membro da direção da CUT, Cláudio Augustin, lembrou que, no passado, a união derrotou a ditadura militar, e pode derrotar o golpe. “Nós estamos vivendo um profundo golpe, que é fundamentalmente para acabar com todos os direitos do povo brasileiro”, lamentou.
O evento começou com a performance do grupo Levanta Favela (foto abaixo), que abordou a instabilidade atual no serviço público.
Imprensa / Sindjors